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24 de novembro de 2009

HIV: Infecções diminuíram 17 por cento em oito anos

Prevenção e acesso a medicamentos produzem resultados
Maior acesso a medicamentos antiretrovirais contribuiu para diminuir o número de mortos por infecções com HIV em 10 por cento nos últimos cinco anos. Nos últimos oito anos, e graças sobretudo à prevenção, o número de novas infecções baixou 17 por cento.
Os novos números foram apresentados pela Organização Mundial de Saúde e pela ONUSIDA (o programa das Nações Unidas para o HIV/sida). Segundo esta organização, há hoje 33,4 milhões de pessoas infectadas com o HIV em todo o mundo.

O número subiu - eram 33 milhões em 2007 - porque há menos pessoas a morrer com HIV.

“Desde o início da epidemia, perto de 60 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 25 milhões de pessoas morreram de causas ligadas ao HIV”, indica o relatório anual do organismo da ONU. “A tendência dos últimos oito anos indica uma diminuição de novas infecções de 17 por cento” desde 2001.

“A boa notícia é que temos provas de que as diminuições que observamos se devem, pelo menos em parte, à prevenção”, felicitou-se o director executivo da ONUSida, Michel Sidibé, citado num comunicado.

Na África subsariana, o epicentro da pandemia global, o número de novas infecções desceu cerca de 15 por cento desde 2001, o que equivale a cerca de 400 mil infecções a menos só durante 2008.

A directora da OMS, Margaret Chan, defende que estes números são a prova de que “é tempo de redobrar esforços e salvar muito mais vidas”. “O investimento internacional e nacional no tratamento do HIV produziu resultados concretos e mesuráveis.”

Fonte PÚBLICO .PT

1 de abril de 2009

Preservativo feminino de volta

O preservativo feminino oferece a possibilidade da mulher proteger-se quando o homem se nega a usar o preservativo. Esse é o grande trunfo desse produto: delegar o poder de defesa à mulher contra as doenças sexualmente transmissíveis.

A Coordenação Nacional para a Infecção HIV/Sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género lançaram uma campanha nacional que visa incentivar o uso do preservativo feminino, que chegou a estar à venda nas farmácias portuguesas mas saiu de circulação por não ter tido procura.

"Pretendemos primeiro dar a conhecer o preservativo feminino e salientar que ele é uma alternativa para as mulheres poderem garantir a sua protecção e a pervenção de risco de doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a VIH/Sida", destacou Beatriz Casais, da Coordenação Nacional para a nfecção VIH/Sida, citada pela Lusa.

A ideia é, assim, levar as mulheres a adoptar "uma nova atitude", mostrando-lhes que o uso daquele método anticonceptivo dá-lhes mais controlo e poder, sendo eficaz na prevenção da Sida. "Quandoa mulher está limitada ao preservativo masculino na negociação com o parceiro, tem que pedir para usar. Assim, a decisão é dela", destaca Beatriz Casais.

A campanha, que vai decorrer nas televisões até sexta-feira, visa levar as mulheres a procurar informação juntos dos profissionais de saúde e a "aguçar o apetite aos privados, nomeadamente às farmácias e distribuidoras, para que coloquem o preservativo feminino no mercado e a preços acessíveis".

É que, chegaram a ser comercializadas nas farmácias duas marcas de preservativos femininos. Mas, como já admitiu Beatriz Casais, o "negócio não se revelou rentável", devido à dificuldade de colocação do preservativo, ao facto de implicar prática, e ao preço (três vezes superior ao dos preservativos masculinos).

Em Outubro passado, decorreu um concurso para possibilitar, durante este ano, o acesso gratuito aos preservativos femininos nos centros de saúde e hospitais. Mas para tal é preciso estimular a procura, crê a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida que, em 2008, distribuiu cerca de 50 mil preservativos junto das organizações não governamentais com equipas dirigidas a prostitutas.

O preservativo feminino tem a forma de uma manga e é constituído por dois anéis: um que fica dento da vagina e outro fica na zona exterior e cobre parte dos lábios vaginais e do clítoris. O material é mais espesso do que o do preservativo masculino e assemelha-se ao de um saco plástico. Por isso, pode diminuir a sensibilidade, apesar de ser considerado mais eficaz na prevenção da VIH/Sida e de prevenir doenças do colo do útero.

Fonte JN

19 de março de 2009

Visita do papa a África. A igreja o preservativo e o HIV

19.03.2009 - 12h12 Lusa


Sampaio lamenta que "discussão" sobre preservativos e sida não evolua

[...e eu também lamento. e muito!
A Igreja tem de começar a humanizar o sexo em vez de o conceber apenas como acto de procriação
... apesar de 77% dos católicos usarem preservativo.]

O ex-presidente da República e enviado das Nações Unidas para a luta contra a tuberculose, Jorge Sampaio, lamentou hoje que a "discussão" sobre o uso do preservativo não evolua, manifestando desacordo com as polémicas declarações do Papa sobre este assunto.

O Papa Bento XVI declarou que a distribuição de preservativos não é a resposta adequada para se ajudar a África a combater a sida, o que motivou a condenação de vários governos europeus e organizações internacionais.

Instado a comentar as afirmações do Papa, o ex-presidente da República, que hoje esteve na abertura de um encontro internacional sobre tuberculose, manifestou o seu desacordo com Bento XVI, salientando que se trata " de uma velha discussão que não evolui, infelizmente".

O representante das Nações Unidas para a luta contra a tuberculose destacou ainda a estreita relação entre esta doença e a sida, sublinhando o papel da prevenção.

"A maioria das mortes de pessoas que têm HIV são pessoas que apanham tuberculose e morrem por causa da tuberculose. Obviamente que tudo isto se joga na prevenção", afirmou.

Jorge Sampaio lembrou, no seu discurso de abertura do encontro de hoje, que decorre em Lisboa, na Fundação Gulbenkian, que todos os anos adoecem nove milhões de pessoas e 1,7 milhões morrem devido à tuberculose.

Um terço da população mundial está infectada com a micro-bactéria que provoca a tuberculose.

O Papa fez as polémicas declarações sobre o uso do preservativo no início de uma viagem a África que inclui uma visita a Angola amanhã.

Fonte PUBLICO.PT

4 de março de 2009

OMS alerta para sida nos idosos

Estudo. Organização defende necessidade de reorientar campanhas de prevenção

O Viagra e as relações sexuais desprotegidas estão a causar um "surpreendente aumento" das infecções com o vírus da sida entre os idosos. As conclusões são de um estudo da Organização Mundial da Saúde e ilustram também a situação em Portugal.

O coordenador nacional para a infecção VIH/Sida, Henrique de Barros confirma que o contágio de pessoas com mais de 50 anos tem vindo a aumentar, representando agora 5% do total de casos . "São gerações que viveram o aparecimento da pílula e por isso nunca foram sensibilizadas para a utilização de preservativos. É mais provável que tenham relações desprotegidas", explica. "Além disso, as pessoas agora vivem até mais tarde e mantêm-se sexualmente activas até mais tarde. Por isso, há essa preocupação", diz.

A OMS alerta que o número de idosos infectados está a crescer : nos EUA, a proporção passou de 20% para 25% entre 2003 e 2006; no Brasil duplicou na última década; na Europa rondava os 8% em 2005.

Henrique de Barros diz que o aumento de casos é preocupante. "É preciso lembrar os mais velhos que correm os mesmos riscos do que os jovens. Defendo que é essencial que estas questões sejam discutidas nos centros de saúde, mas também estamos preparar materiais e uma campanha dirigida aos idosos, para o próximo ano."

O responsável lembra que com os avanços no tratamento, os doentes vivem mais tempo e que por isso é natural que os números de pessoas infectadas com mais de 50 anos venha a aumentar.

Fonte P.J. DN Online

30 de janeiro de 2009

Luanda - Seminário de formação de formadores em comunicação sobre HIV/Sida encerra hoje

O Primeiro Seminário Nacional de Formação de Instrutores em comunicação sobre género e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis que decorre desde segunda-feira, em Luanda, numa promoção da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida, encerra hoje.


O evento, que decorre na Escola Nacional da Administração, visa a formação de pessoas ligadas às organizações com vista a trabalharem na mudança de comportamento nas comunidades sobre a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, aconselhamento e testagem voluntária, estigma e discriminação das pessoas portadoras do HIV/Sida.


Presidirá o acto de encerramento do fórum, que conta com a participação de trinta activistas provenientes das províncias de Luanda, Huambo, Lunda Sul e Cabinda, a directora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Gita Welch.

Fonte: Angola Press - Saúde

29 de novembro de 2008

Sida: mulheres e idosos são os mais atingidos

Médicos não notificam casos, o que pode aumentar número de infecções

O vírus que provoca a sida está a infectar mais mulheres portuguesas e são cada vez mais avançadas as idades com que algumas infecções são identificadas, o que preocupa os especialistas que não encontram estes públicos nas campanhas de sensibilização, noticia a Lusa. A informação foi hoje avançada por médicos presentes num workshop, em Lisboa, organizado a propósito do Dia Mundial da Sida, que se assinala segunda-feira. No encontro foram avançados os últimos dados oficiais sobre a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) em Portugal, que apontam para a notificação de 33.815 casos desde 1983.
Médicos não notificam casos de sida
A notificação das infecções em Portugal é, desde o início da doença, motivo de alguma polémica e hoje voltou a motivar algumas críticas do médico Eugénio Teófilo (internista no Hospital dos Capuchos). Este clínico é peremptório ao afirmar que «os médicos não notificam» os casos de VIH e não o fazem «porque não têm represálias e se não o fizerem ninguém os chateia».
«Ou vejo doentes ou preencho papéis», disse, assumindo que não tem feito as notificações dos casos de sida, obrigatórias desde 2005. As deficiências nas notificações poderão ser uma das razões para a inexistência de dados que identifiquem uma alteração reconhecida pelos médicos nos últimos anos e que indica que são cada vez mais frequentes os casos de idosos a quem é identificado o vírus, assim como o aumento de casos de mulheres infectadas.
Eugénio Teófilo contou que tem um caso de um doente a quem foi identificada a infecção depois dos 80 anos. Também Armando Alcobia, farmacêutico no Hospital Garcia de Orta, em Almada, avançou que esta é uma realidade cada mais frequente nesta instituição.
No último ano, mais de 21 por cento dos casos de novas infecções identificadas neste hospital foram-no em pessoas com idades entre os 50 e os 79 anos. Tal como os restantes participantes no encontro, Ricardo Fernandes, membro da Associação Positivo e do GAT, lamentou que as campanhas em vigor sobre o VIH não levem em conta esta alteração da realidade da infecção.
«É cem vezes mais fácil um homem infectar uma mulher»
Este especialista alertou ainda para a infecção afectar cada vez mais as mulheres. «As mulheres são mais susceptíveis de apanhar a infecção, uma vez que é cem vezes mais fácil um homem infectar uma mulher do que o contrário», disse, acrescentando: «As mulheres são o combustível desta infecção, mas os homens são o fogo».
Em relação ao tratamento desta doença, que abrange actualmente entre 20 e 22 mil infectados em Portugal, Eugénio Teófilo lembrou que existem mais de 20 fármacos no mercado, mas que hoje em dia é possível um tratamento com menos comprimidos e menos tomas.

Fonte: Portugal DiárioPor: Redacção

2 de novembro de 2008

A Profilaxia pré-Exposição (PrEP)

pode ser custo-eficaz e prevenir infecções em homens que têm sexo com homens – modelo
AIDS 2008; 22:1829-1839

De acordo com um estudo reportado na 12a edição de Setembro da revista AIDS, um programa da PrEP dirigido a 25% dos gays e outros homens que têm sexo com homens em Nova Iorque, e que estão em maior risco de contrair infecção pelo VIH, poderá potencialmente prevenir entre 4% a 23% das novas infecções, que se prevê que venham a ocorrer nos próximos 5 anos. Mais de metade destas infecções seria prevenida em homens que não estariam a tomar a PrEP, apenas devido a reduzida prevalência geral da infecção pelo VIH. O custo foi estimado 31.970 dólares, por ano de qualidade vida ajustados para cada vida salva.

A profilaxia pré-exposição (PrEP) é um potencial método de prevenção antes de uma possível exposição ao VIH utilizando medicamentos anti-retrovirais, para reduzir o risco de infecção. Uma abordagem que está a ser considerada é o uso diário, continuado, de tal profilaxia para as pessoas com frequentes exposições de alto risco.

Até que os estudos clínicos (actualmente em curso) forneçam respostas, ficam por responder as questões relativas à eficácia, inclusive as vantagens em termos de custos, dos programas PrEP. Um estudo de modelos matemáticos apresentado na 16a Conferência Internacional sobre SIDA demonstrou que a PrEP seria eficaz em termos de custo, desde que se provasse uma eficácia superior a 50%.

No mesmo estudo, um outro grupo de investigadores usaram um modelo matemático para simular os possíveis efeitos de um programa de distribuição de cinco anos da PrEP entre homens gays e outros homens que têm sexo com homens (HSH) em Nova Iorque e cuja actividade sexual os põe em risco de infecção pelo VIH. Os objectivos pretendiam predizer o número de infecções pelo VIH que poderiam ser prevenidas e a eficácia em termos de custo do programa, em comparação com as práticas de prevenção actuais.

Pressupostos chave
O modelo era baseado nos dados epidemiológicos publicados para Nova Iorque e assumia um programa PrEP dirigido aos HSH “em risco mais elevado”, 30% da população total dos HSH. O preço foi fixado em 31 dólares por dia, uma média dos preços por grosso dos medicamentos FTC/ tenofovir (Truvada®), os medicamentos que são considerados actualmente como os melhores candidatos para a PrEP nos E.U.A. Para ter em consideração incertezas nas estimativas, a vários parâmetros chave foram atribuídos valores diferentes: taxa de adesão, 33%, 50% ou 95%; percentagem de HSH em risco elevado alcançados pelo programa (população abrangida), 2,5% (abrangidos 1.500 HSH em risco elevado) ou 25% (abrangidos 15.000) e eficácia da PrEP, 0%, 30%, 50% ou 70%. O modo como a eficácia foi relacionada com os outros parâmetros (adesão e níveis de exposição ao VIH) também foi calculado em diferentes modos.

Os resultados das estimativas possíveis e diferentes deram um total de 36 cenários hipotéticos. Além disso, em cada um destes 36 cenários, variaram-se cerca de 200 vezes os factores epidemiológicos (incluindo o número dos novos parceiros sexuais e a probabilidade da transmissão do VIH). Ao todo, foram feitas 7200 simulações, cada uma com uma configuração diferente dos parâmetros.

Resultados
Com base nas actuais taxas de incidência prevê-se, nos próximos cinco anos, a ocorrência de 19.510 novas infecções pelo VIH entre os HSH em Nova Iorque.

Ao tornar a PrEP acessível a 25% dos HSH em maior risco, a simulação prevê que podem ser prevenidas entre 4% (780) e 23% (4510) de infecções pelo VIH. Mais de metade das infecções prevenidas seriam entre os que não acederam directamente à PrEP, apenas devido à redução da prevalência do VIH na comunidade resultante do programa PrEP.

No cenário baseado em casos fizeram-se as seguintes suposições: 25% dos HSH em risco elevado (15.000) seriam abrangidos; 50% dos homens no programa teriam uma boa adesão à profilaxia; a PrEP seria eficaz com 50% de participantes aderindo 100% à medicação e 0% nos outros casos. Nestas condições, 1710 novas infecções pelo VIH (8,7% das esperadas) seriam prevenidas (90% do intervalo de confiança [IC], 306 até 2947). Das infecções prevenidas setecentas eram devidas directamente ao uso da PrEP e 1010 casos secundários eram devidos à redução da prevalência. O aumento do custo seria de 31.970 dolares por ano de qualidade de vida ajustados (QALY) para cada vida poupada.

Variando os parâmetros, os modelos apresentaram no pior cenário benefícios zero (nenhuma nova infecção prevenida) e no melhor dos cenários 23% de benefício, ou 4510 casos de não transmissão da infecção (90% IC, 3144 a 6129). Em todos os cenários supostos, a PrEP era eficaz em termos de custo em 75% dos casos, tendo como um limiar de 50.000 dólares por QALY salvo.

A percentagem de HSH incluídos no programa era a variável mais crítica. As reduções estimadas de 4% a 23% eram observadas com taxas de inclusão de 25% dos HSH de risco elevado; quando apenas 2,5% eram incluídos, não eram prevenidas novas infecções em número suficiente para justificar a intervenção.

O relatório conclui que, embora esteja sujeito a muitas variáveis ainda desconhecidas, o programa de “quimioprofilaxia do VIH [PrEP] entre homens expostos a risco elevado de transmissão da infecção pelo VIH, numa grande cidade dos E.U.A, pode prevenir um número significativo de infecções e ser eficaz em termo de custos…num largo espectro…de variáveis.” Os autores acreditam que estas descobertas “ darão um forte impulso aos ensaios clínicos de quimioprofilaxia em curso, bem como à investigação sobre um programa potencial de implementação”.

Referências:
Desai K et al. Modelling the impact of HIV chemoprophylaxis strategies among men who have sex with men in the United States: HIV infections prevented and cost-effectiveness. AIDS 2008; 22:1829-1839.

Derek Thaczuk, Wednesday, October 08, 2008

31 de outubro de 2008

O que é a janela imunológica? ou tempo de janela?

Estas perguntas são muito frequentes para quem passou por uma situação de risco. A fase de todos os medos e de todas as angustias. A vida hipotecada _________ por uns minutos de prazer...porque pensam que "só acontece aos outros"!

Quando é que devo fazer o teste?
Quando é que terei a certeza se estou ou não infectado?
Quanto tempo é o tempo da janela imunológica?



A janela imunológica, janela biológica ou tempo de janela (designação não técnica), é o período entre a contaminação e a possibilidade de detecção do vírus no organismo
; é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a seroconversão. Quando um indivíduo se expõe a alguma situação de risco e contrai o HIV, o sistema imunológico reconhece a sua presença e dá início à produção de anticorpos anti-HIV, na tentativa de neutralizar os seus efeitos. O HIV, porém, vai-se alojar dentro de algumas células do organismo, inclusive dentro das células coordenadoras do sistema imunológico - os linfócitos.

Após a infecção (ou situação de risco), o organismo leva de duas a doze semanas para produzir uma certa quantidade de anticorpos que possam ser detectados pelas análises de sangue específicas e este período é chamado de "janela imunológica" - "tempo de janela", ou seja, é o tempo entre a infecção pelo vírus e a seroconversão (quando os anticorpos passam a ser detectáveis no sangue e os testes serológicos tornam-se positivos).

O teste ou análises de sangue, que deve ser repetido, em três e seis meses, detecta os anticorpos do vírus e não o vírus em si . Caso o teste seja feito durante a "janela imunológica", é provável que dê um resultado falso-negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e possa transmiti-lo a outras pessoas.

Logo que infectado pode transmitir o vírus a outras pessoas, mesmo que a sua presença só possa ser identificada semanas mais tarde. Teoricamente, no período da "janela imunológica" o risco de transmissão do HIV é maior do que no período pós-seroconversão assintomático, porque a taxa de replicação do HIV é alta, uma vez que a pessoa infectada ainda não desenvolveu uma resposta imune contra o HIV.

É importante nesse período que a pessoa não passe por nenhuma situação de risco, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o vírus para outras pessoas.

Isso amplifica o conceito de sexo seguro e os procedimentos como doações de sangue requerem medidas de prevenção a contaminações que possam vir a ser ocultadas devido à janela imunológica.

mié

29 de outubro de 2008

Sida: Tratamento deve ser iniciado mais cedo para reduzir mortalidade - estudo

27 de Outubro de 2008

Washington, 27 Out (Lusa) - O tratamento com medicamentos anti-retrovirais das pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) deve ser iniciado mais cedo do que o recomendado pelas normas actuais, segundo um novo estudo apresentado em Washington.

De acordo com o estudo, adiar o tratamento até que o sistema imunitário dos pacientes fique muito debilitado quase duplica o risco de morte em poucos anos, em comparação com quando se começa mais cedo.

Na generalidade, os médicos consideram preferível evitar aos pacientes, tanto tempo quanto possível, os efeitos secundários deste tipo de medicamentos.

"Os dados mostram claramente que o risco de morte parece ser maior quando se espera do que quando se trata", afirmou Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, que pagou parte do estudo.

Este trabalho foi apresentado domingo em Washington, num congresso sobre doenças infecciosas.

As novas combinações de medicamentos desenvolvidas na última década fizeram com que a infecção com o VIH se convertesse numa doença crónica e controlada, sem implicar necessariamente um desfecho fatal.

Todavia, os seus efeitos secundários incluem diarreias, náuseas, problemas cardíacos e alterações no colesterol, além de que devem ser tomados regularmente para impedir que desenvolvam resistências e deixem de actuar.

É por isso que a International Aids Society (Sociedade Internacional da Sida) recomenda que os pacientes infectados mas ainda sem sintomas só comecem a ser tratados quando a sua contagem de células-T desce abaixo de 350 por milímetro cúbico de sangue (as pessoas saudáveis têm mais de 800).

Este novo estudo é o maior realizado até agora sobre a bondade deste conselho.

O grupo de investigadores, dirigido por Mari Kitahata, da Universidade de Washington, em Seattle, recolheu informações sobre 8.374 pessoas nos EUA e Canadá com contagens de células-T entre 350 e 500.

Cerca de 30 por cento começou a tomar medicamentos imediatamente, tendo os restantes esperado até que as suas células-T descessem abaixo das 350, seguindo as orientações em vigor.

"Observámos uma melhoria de 70 por cento na sobrevivência dos pacientes que iniciaram a terapia entre 350 e 500", em relação ao que esperaram, disse o responsável pelo estudo.

Dois outros estudos recentes concluíram que as pessoas que iniciam tratamento quando as suas células-T estão abaixo de 350 têm melhores hipóteses de voltar a ter contagens normais do que as que começam mais tarde.

Outro estudo assinalou que uma interrupção do tratamento, ainda que breve, para dar aos pacientes "férias de medicamentos", os coloca em grave risco.





24 de outubro de 2008

Alerta para riscos de banalizar Sida

Liga Portuguesa alerta para riscos de banalizar Sida

Hoje às 07:07

A Liga Portuguesa contra a Sida assinala, esta sexta-feira, 18 anos com uma campanha contra o esquecimento, alertando para a necessidade de prevenção e para o facto de se estar a banalizar a doença.

Link
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Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, Maria Eugénia Sequeira, diz que é preciso não esquecer que o VIH mata

A presidente da Liga Portuguesa contra Sida, Maria Eugénia Saraiva, considera que o sucesso dos tratamentos está a camuflar uma doença que continua a matar.

«Não se tem falado sobre Sida, continuamos a ter pessoas que nos procuram, os números não diminuem e portanto é importante apostar no tratamento e na prevenção», adianta.

A responsável considera que os riscos associados ao HIV foram banalizados, na medida em que «muitas pessoas falam da SIDA como uma doença crónica».

Maria Eugénia Saraiva refere que muitas vezes se esquece a prevenção pelo «facto de haver melhores tratamentos e da esperança de vida para estes doentes ser completamente diferente de há 25 anos».

TSF

África do Sul emite alertas contra a Sida via SMS



Um projecto que está a decorrer na África do Sul está a utilizar mensagens de texto para alertar os cidadãos do país para os perigos da Sida. Os alertas já conseguiram fazer aumentar o número de chamadas para as linhas de apoio

A iniciativa denominada Projecto Masiluleke tem enviado cerca de um milhão de SMS por dia, apelando aos receptores para realizarem testes para saberem se estão infectados com o HIV ou para se curarem.

A técnica está a ser utilizada num país onde todos anos morrem cerca de 350 mil pessoas, cuja causa de morte está relacionada com a Sida, e onde os dados oficiais indicam que existem 43 milhões de telemóveis para 49 milhões de pessoas.

Segundo avança a BBC, a linha nacional de apoio aos doentes da Sida registou um aumento de 200 por cento no número de chamadas recebidas desde o lançamento do projecto, o que leva um dos seus responsáveis a prever que «é uma das maiores [iniciativas] de utilização de telemóveis para informação de saúde».

Por enquanto o projecto ainda está em fase de testes, mas a organização prevê lançar o serviço oficialmente no dia 1 de Dezembro, o dia mundial da Sida.

SOL


11 de setembro de 2008

Brasil vai instalar fábrica de remédios anti-Sida em Maputo

O Brasil deverá investir 10 milhões numa fábrica, em Maputo, para produção de medicamentos destinados ao tratamento do Sida-HIV.

De acordo com a Lusa, a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Moçambique, a 16 de outubro, vai constituir um "impulso poderoso" nas relações bilaterais e deverá servir para o anúncio oficial e as modalidades de financiamento do projecto que deverá estar a produzir remédios no final de 2009.

Do montante total previsto no projecto farmacêutico, quatro milhões de dólares destinados à primeira etapa do investimento estarão disponíveis ainda este ano.

A fábrica funcionará com matéria-prima fornecida pela Índia e tecnologia brasileira, produzindo oito dos 15 tipos de medicamentos que o Brasil consegue fazer.

Os técnicos moçambicanos serão formados pelo laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que nesta altura está a instalar-se em Moçambique.

Diário Digital /Lusa

QUÉNIA: Trabalhadoras do sexo oferecem esperança para a prevenção ao HIV

Trabalhadora do sexo em Kibera,
favela de Nairóbi

NAIRÓBI, 10 Setembro 2008 (PlusNews) - Um estudo sobre trabalhadoras do sexo quenianas que parecem ser imunes ao HIV poderia fornecer pistas importantes para o desenvolvimento de uma vacina efectiva contra a SIDA.

Uma equipa de pesquisadores da Universidade de Manitoba, no Canadá, e da Universidade de Nairóbi, no Quénia, que está a estudar um grupo de trabalhadoras do sexo quenianas há mais de 20 anos, identificou recentemente mais de 15 proteínas em algumas das mulheres que parecem ser indicativos de imunidade natural ao HIV.

Blake Ball, professor de microbiologia da Universidade de Manitoba e um dos principais pesquisadores, afirmou que 140 mulheres num grupo de duas mil trabalhadoras do sexo estabelecido em 1985 permaneceram negativas apesar da recorrente exposição ao vírus, e poderiam fornecer “a melhor possibilidade de identificar correlação com a protecção [contra a infecção por HIV]”.

Num estudo piloto, os pesquisadores examinaram as secreções genitais de 10 das trabalhadoras do sexo que pareciam ser resistentes ao HIV e compararam-nas com as amostras de mulheres seropositivas e seronegativas.

Eles encontraram 15 proteínas presentes em níveis mais altos nas mulheres resistentes ao HIV do que nas outras mulheres, em alguns casos oito vezes mais altos. “Nós achamos que essas proteínas podem ter um papel na protecção dessas mulheres à infecção por HIV”, disse Ball.

As descobertas geraram entusiasmo na área de prevenção ao HIV, especialmente entre os pesquisadores de vacinas que recentemente sofreram diversos contratempos. Em Setembro de 2007, um teste foi interrompido após resultados preliminares mostrarem que não apenas a potencial vacina não protegia as pessoas do vírus, como pode, na verdade, tê-las posto sob maior risco de infecção.

Em Julho de 2008, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Contagiosas dos EUA (US National Institute of Allergy and Infectious Diseases, em inglês) anunciou que não iria levar adiante um teste com uma vacina envolvendo 8.500 participantes para testar uma candidata com propriedades semelhantes a que falhou no ano anterior.

“Apesar de não serem directamente aplicáveis como modelo de vacina anti-HIV, esses estudos [entre trabalhadoras do sexo quenianos] podem ser informativos”, afirmou Ball. “A aplicação mais directa pode ser em relação ao desenvolvimento de microbicidas, e essas proteínas podem ser candidatas ao desenvolvimento de um microbicida baseado em proteínas humanas.”

Microbicidas incluem uma variedade de produtos controlados por mulheres – incluindo géis, filmes e esponjas – que estão sendo testados para saber se podem ajudar as mulheres a proteger-se do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis.

Pauline Irungu, coordenadora do Leste da África para a Campanha Global por Microbicidas, uma coalizão de organizações que trabalham para agilizar a pesquisa com microbicidas, descreveu a pesquisa queniana como “animadora”.

“Embora seja um pouco cedo para dizer se esse estudo em particular levará ao desenvolvimento de novos possíveis microbicidas, esses tipos de avanço proporcionam um entendimento melhor dos factores biológicos e sócio-económicos que influenciam na transmissão de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis”, disse. “É esse tipo de pesquisa básica que nos ajudará a desenvolver novas ferramentas para conter a disseminação de HIV.”

Ball enfatizou que as descobertas ainda eram preliminares e precisariam ser repetidas num grupo maior de mulheres. Pesquisas futuras também serão necessárias para determinar a biologia precisa das proteínas isoladas.


PlusNews
Notícias e análises sobre HIV e Sida

26 de agosto de 2008

Propagação da sida poderá ser evitada

SARA GAMITO

26.08.08



Investigação.
Cada vez mais estudos parecem confirmar que o tratamento do VIH também previne novas infecções. Para os cientistas, desde que o paciente esteja medicado, a transmissão por via sexual é quase impossível

Propagação da sida poderá ser evitada
Raramente uma conferência sobre a SIDA capta a nossa atenção. A esperança de uma cura ou vacina para a pandemia que já matou mais de 25 milhões de pessoas parece esmorecer. E com razão. Há dois anos, num encontro realizado em Toronto, no Canadá, investigadores de renome anunciaram que a vacina para a sida que estavam a testar tinha falhado. A suposta vacina estava aliás tão distante do pretendido, que só acelerava a doença. No entanto, há poucas semanas, na XVII Conferência Internacional da sida, voltou a ser reavivada a possibilidade de diminuir drasticamente o número de infectados, através de um método que estava mesmo à frente dos nossos olhos.

Os anti-retrovirais, medicamentos usados no tratamento da sida, podem contribuir para uma redução drástica da transmissão do VIH por via sexual. Esta teoria, sustentada por Myron Cohen, professor na universidade norte-americana da Carolina de Norte, debruça-se sobre o facto de praticamente não existirem vírus no sangue e nos fluidos genitais de infectados com VIH, desde que estejam devidamente medicados. Diminuem, assim, as possibilidades de transmissão do vírus durante as relações sexuais.

Por agora, os resultados de Cohen baseiam-se apenas em testes realizado em animais. Contudo, o professor já deu início a um estudo que envolve 1750 casais serodiscordantes, ou seja, casais em que um parceiro está infectado e o outro não, de forma a poder comprovar se a adequada administração de anti-retrovirais diminui as probabilidades de transmissão.

Há ainda outros dados e opiniões a suportar a teoria de Cohen. "Ao tratar as pessoas, conseguimos com que não haja vírus circulantes no sangue e na maioria dos casos isso tem um acompanhamento da redução dos vírus nos fluidos genitais. Um doente tratado é um doente em que a probabilidade de transmitir a infecção para outras pessoas é de facto muito baixa", apoia José Vera, chefe de medicina interna do núcleo de estudos do VIH, do hospital de Cascais.

Voltando à conferência do México, Júlio Montaner, do Centro de Excelência do VIH na Colômbia Britânica, no Canadá, demonstrou que o aumento da cobertura de tratamento com anti-retrovirais dos actuais 50% para os 75% levaria a uma queda de novas infecções da ordem dos 30%. "Já sabíamos que a expansão do tratamento podia ajudar a reduzir o número de novos infectados, mas ficámos surpreendidos com o número real de infecções que podem ser evitadas", declarou Montaner.

Assim sendo, este seria um óptimo argumento para alargar o tratamento a muitos milhares de pessoas, já que vários países ainda se mostravam relutantes em financiar estes medicamentos, que atingem preços exorbitantes.

Face ao entusiasmo que preencheu a cimeira, Myron Cohen alertou que, embora "existam várias razões para pensar que o tratamento actua como prevenção", também se teve ter em consideração a ocorrência de blips, (subidas transitórias da carga viral com episódios de libertação viral no aparelho genital), doenças sexualmente transmissíveis não diagnosticadas, bem como o espaço de tempo entre o aumento de carga viral por aparecimento de resistências, que se segue à falência da combinação anti-retroviral, e a próxima consulta médica, e a possibilidade de uma superinfecção por vírus resistentes à medicação.|

DN Online

25 de agosto de 2008

Acredite que não foi a sida que morreu...

[Sobre a notícia "Portugueses compram cada vez menos preservativos" uma reflexão de Isabel Stilwell. Apenas para confirmar, como se isso fosse necessário, o que tenho vindo a dizer no "Tempo de Janela"...e não só! mié]
25 | 08 | 2008 16.12H

Não há maneira de ver o problema de uma forma optimista. Esta semana foi divulgado que os portugueses estão a comprar cada vez menos preservativos. Diz a Lusa que, em média, se vendem mensalmente menos dez mil embalagens - e cada embalagem tem vários preservativos - , do que há quatro anos atrás. Em qualquer situação, seria grave, muito grave mesmo, mas no país com a segunda maior taxa de incidência de sida da Europa, é de entrar em pânico. Um pânico consequente, que levasse à acção.

Os números da doença - Ao contrário do que se tornou ideia corrente, a sida não tem cura, a sida não desapareceu e a sida continua a infectar. No final do ano passado, revela a Lusa, estavam diagnosticados em Portugal 32 491 casos de infecção, mais 2125 do que aqueles registados em Dezembro de 2006. O vírus não está circunscrito aos "marginais", nem a classes etárias, nem a classes sociais. O crescimento mais acentuado é agora entre os heterossexuais, sobretudo nas mulheres com mais de 40 anos, aquelas pelas quais não passava pela cabeça a possibilidade de terem contraído o vírus: confiavam na fidelidade do seu parceiro! Apesar de esta informação ter sido mais do que divulgada, a verdade é que, segundo o último Inquérito Nacional de Saúde, metade das mulheres portuguesas confessa ter relações sem preservativo. Da mesma forma, os estudos provam que os mais novos, tanto em Portugal como na Europa, eram novos de mais na altura em que os Estados fizeram um maior investimento em campanhas de informação e prevenção, e que não têm de facto a informação necessária, aquela que os mais velhos acreditavam ser já um dado adquirido. Por outras palavras, uma das faixas etárias em maior risco acabou por escapar entre as malhas da rede. Estão convencidos de que é um problema ultrapassado e respondem mesmo aos inquéritos dizendo que a «sida já tem cura», confundindo os avanços médicos que aumentam o tempo de vida com cura. Alguns acreditam que a pílula também os protege de doenças sexualmente transmissíveis. A consciência dessa lacuna levou países, como a Suécia, Inglaterra e França, a iniciarem em força novas campanhas, na certeza de que este é um assunto que não pode ficar, por muito tempo, longe dos olhos das pessoas. Filomena Frazão, presidente da Fundação Portuguesa Contra a Sida, sintetiza esta realidade: «As campanhas não estão a funcionar. Diz-se que a sida está a diminuir, mas todas as semanas chegam-nos novos casos de pessoas infectadas. Entre os heterossexuais a doença está a subir em flecha e de forma assustadora».

Não há menos relações - A crise económica poderia ter afectado o desejo, e nesse caso a venda de preservativos diminuiria em consequência de um menor número de relações. Poderia, ainda, ter crescido o número de pessoas, nomeadamente dos mais novos, que tivessem optado pela abstinência. Mas não é esse o caso, garante à Lusa Santinho Martins, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, que acredita que, infelizmente, a questão é que «as pessoas confiam de mais e não têm comportamentos de acordo com a informação de que dispõem». Mudar comportamentos não é nada fácil, e se numa primeira reacção ao medo as pessoas conseguem manter um padrão de exigência consigo mesmas, mas esse medo tende a atenuar-se, voltando a instalar-se a impressão de que estas coisas só acontecem aos outros. Essa tendência, que nos ajuda a ser capazes de superar traumas, torna-se suicida quando o perigo presiste, como acontece neste caso.

A má-língua sobre o preservativo - Não têm ajudado a contra-informação que alguns sectores da sociedade veiculam, nomeadamente a ideia de que o preservativo é pecado, que diminui o prazer, ou que é uma forma de revelar desconfiança pelo parceiro/a. Pecado é certamente contaminar alguém com uma doença mortal, por comodismo, ou atentar contra a sua própria vida, contraindo uma doença mortal. O discurso da abstinência, descontextualizado de uma educação sexual séria, é uma armadilha perigosa. O politicamente correcto é letal em situações limite como estas.

Educação sexual urgente - É um erro pensar que são os mais novos que correm maior perigo ou que têm comportamentos mais promíscuos, mas erro a sério é continuarmos incapazes de implementar nas nossas escolas uma formação sexual com pés e cabeça. Que deixe clara a fisiologia de um acto sexual, os métodos contraceptivos, mas que trabalhe com eles o autoconhecimento, a capacidade de reflexão. Está provado que os jovens mais informados são aqueles que adiam o início da sua vida sexual e que, quando a assumem, a assumem de forma mais responsável. É por aí o caminho.
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

Destak.pt

18 de agosto de 2008

Portugueses compram cada vez menos preservativos

18-08-08

Os portugueses estão a comprar cada vez menos preservativos. Em média, vendem-se mensalmente menos dez mil embalagens do que há quatro anos, uma tendência "assustadora" num país com a segunda mais alta taxa de incidência de Sida da Europa Perante os dados, associações e organismos que se dedicam à prevenção da doença dizem-se preocupados, mas não surpreendidos: atribuem a diminuição à quase ausência de campanhas de sensibilização e à sua ineficácia.

"As campanhas não estão a funcionar. Diz-se que a Sida está a diminuir, mas todas as semanas chegam-nos novos casos de pessoas infectadas. Entre os heterossexuais a doença está a subir em flecha e de forma assustadora", garante Filomena Frazão, presidente da Fundação Portuguesa Contra a Sida.

No final do ano passado estavam diagnosticados em Portugal 32.491 casos de infecção, mais 2.125 do que os registados em Dezembro de 2006.

Apesar de a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida alertar para o facto de "a evolução da epidemia ainda não estar estabilizada", os portugueses parecem indiferentes aos riscos associados a relações sexuais desprotegidas, alertam alguns responsáveis pela luta contra a doença.
Lusa
Diário de Notícias.pt

Pedida acção universal no tratamento da sida

Prevenção e terapia são foco da conferência internacional sobre a doença
2008-08-03
EDUARDA FERREIRA *

A Cidade do México recebe agora a reunião máxima sobre sida. Ali afluem cientistas, activistas e decisores. O Mundo não está a deter a epidemia. A prevenção continua a melhor arma contra o vírus, dizem especialistas.

Não há ainda vacina contra o vírus da imuno-deficiência humana (VIH), mas os tratamentos estão a mostrar-se cada vez mais eficazes. Contudo, estes não chegam ainda à maioria dos 33 milhões de infectados em todo o Mundo e a doença continua a propagar-se, tornando seropositivos mais 2,7 milhões em cada ano. Esta realidade inspira o lema da XVII Conferência Internacional sobre a sida (AIDS 2008), que a partir de hoje e por cinco dias reúne na Cidade do México. "Acção Universal, Já!" é o apelo lançado.

O que os organizadores da conferência pretendem pôr em foco é a necessidade de uma resposta mais célere da comunidade internacional face a um vírus que já ceifou a vida a 26 milhões de pessoas desde que foi identificado, há 25 anos. É certo que falharam até agora as tentativas para encontrar uma vacina, mas as terapias múltiplas estão a resultar num aumento muito significativo da esperança de vida das pessoas infectadas, quase se podendo falar numa doença crónica, como assinalava o último relatório da ONUSIDA publicado na passada semana. Esta agência em que participam as Nações Unidas precisaria de cerca de 30 mil milhões de euros por ano para que, em 2010, prevenção e tratamento estivessem assegurados universalmente. No entanto, os financiamentos do no ano passado nem chegaram a um quarto daquela verba. Sem reforço financeiro, que teria de ser secundado pelos governos, torna-se difícil estacar o passo da epidemia, considera Pedro Cahn, um director da Sociedade Internacional para a Sida, a organização que assume a coordenação da conferência. "É difícil combater a epidemia se não falarmos de educação sexual", afirma, para indicar que a prevenção requer acções múltiplas, tal como a natureza das terapias. Sobre estas, o chefe do Serviço de Infecciologia do Hospital Egas Moniz, de Lisboa, considera que "nunca se avançou tanto e em tão pouco tempo no tratamento de uma doença vírica". Kamal Mansinho dá como termo de comparação as vacinas da poliomielite e do sarampo, que demoraram 40 anos a alcançar.

Abordagem social

A conferência no México reúne 22 mil pessoas, desde especialistas sobre sida a líderes mundiais que se destacaram na luta contra a doença. Também associações estão ali presentes, marcando na agenda, entre outros pontos, o problema das crianças seropositivas ou tornadas órfãs pela epidemia. Ali serão expostos também os problemas do pessoal de saúde, que luta contra todo o tipo de carências, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Ontem, em véspera da reunião, a capital mexicana acolheu a Primeira Marcha Internacional contra a Estigmatização, Discriminação e Homofobia. Os activistas reclamaram mais educação para a tolerância e a despenalização universal da homosexualidade. O relatório da ONUSIDA e o departamento de controlo de doenças dos Estados Unidos chamaram, entretanto, a atenção para o facto de a epidemia neste país ter a sua expressão mais elevada entre os homosexuais e bissexuais (28 mil face aos 17 mil novos casos em heterossexuais em cada ano) devido a comportamentos de risco assumidos porque a doença já tem alguns tratamentos.

Jornal de Notícias.pt

17 de agosto de 2008

Prevenção contra a Aids ainda conta com poucas armas

14/08/2008

Tony Barnett*

Quase trinta anos desde o início da maior a epidemia de doença infecciosa global da história e ainda não sabemos o que funciona na prevenção da Aids. Bilhões de dólares, libras, ienes e euros foram gastos, e agora temos terapias anti-retrovirais para pessoas que foram diagnosticadas com Aids. Entretanto, quanto à prevenção, temos muito poucas armas.

De acordo com Helen Epstein, jornalista e autora de "The Invisible Cure: Africa, the West and the Fight Against Aids" (A cura invisível: a África, o Ocidente e a luta contra a Aids), um dos melhores livros recentes sobre a epidemia, a gravidade da transmissão heterossexual de HIV observada em algumas partes da África reflecte os altos níveis de parceria sexual concorrente.

Uma pessoa recém infectada passa por uma fase parecida com uma gripe, algumas semanas depois da infecção, resultante da alta população viral em seu corpo e da tentativa de seu sistema imunológico de combater o invasor. Durante este período de alta viremia, a pessoa se recupera do mal-estar inicial e volta a sua rotina (apesar de, no final, suas defesas fracassarem). Entretanto, devido à alta população viral, se fizer sexo nessa época é muito provável que infecte seu parceiro.

Se tiver mais de um parceiro, as chances de infecção são altas para cada um desses parceiros e, subsequentemente, para outros em sua rede sexual estendida. Se também estiverem presentes outras infecções sexualmente transmitidas, a probabilidade de transmissão aumenta enormemente. Este é o principal argumento de Epstein: a epidemia de HIV não é sobre o número de parceiros, mas sobre o processo epidemiológico distinto de parcerias concomitantes.

Por que tem sido tão difícil as políticas de HIV se concentrarem no problema da concomitância? Há três razões interligadas. A primeira é uma dependência exagerada e politicamente correta da "solução do preservativo"; a segunda é a transferência das estratégias de prevenção da epidemia homossexual nos EUA para uma situação muito diferente na África; a terceira é a forma que outras questões, desde o alívio da pobreza até ameaças a segurança global, foram atreladas à epidemia do HIV como meio de levantar fundos.

Primeiro, a falácia do preservativo. É óbvio que uma barreira física impede a transferência do vírus. O preservativo foi muito importante na redução da transmissão da doença em heterossexuais e homossexuais em países ricos. Dos outros países que reduziram a disseminação do HIV, somente o sucesso da Tailândia pode ser claramente atribuído ao uso disseminado do preservativo -e isso exigiu um alto nível de apoio do governo. Mesmo assim, em 2007, a Tailândia teve um total cumulativo estimado de 1,1 milhão de pessoas infectadas desde o início da sua epidemia.

Apesar dos recursos dedicados à distribuição de preservativos na África nos últimos 28 anos, nunca houve material suficiente, e as pessoas têm relutado em adotá-los. O programa da Organização das Nações Unidas para HIV e Aids estima que haja actualmente em torno de 22,5 milhões de pessoas vivendo com HIV e Aids na África subsariana, quase um terço de todas as novas infecções de HIV e de mortes relacionadas à Aids do mundo. Em 2005, estavam infectadas 15% das mulheres entre 15 a 49 anos participando das clínicas pré-natais em Botsuana, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue. Em alguns países, a presença do vírus aproximou-se ou até excedeu 30% nessa faixa etária.

Então, os preservativos não funcionaram na África. Outras estratégias que poderiam ter sido testadas continuaram sem fundos. Essas incluem o desenvolvimento de germicidas vaginais que poderiam ser controlados pelas mulheres e a circuncisão masculina -que parece oferecer protecção com pelo menos 60% de eficácia. Os homens agora estão fazendo fila para a circuncisão em partes do Sul da África. Em algumas clínicas em Suazilândia, a demanda aumentou 100 vezes em alguns meses.

É preciso passar apenas um pequeno período nas comunidades pobres rurais e urbanas da África para compreender algumas das razões pelas quais os preservativos não funcionaram bem para os heterossexuais africanos: acomodações compartilhadas com crianças, vergonha sobre sexo e, talvez acima de tudo, o problema de comprar preservativos em comunidades pequenas nas quais o proprietário da venda local talvez seja seu tio -ou até o marido de sua amante.

Há também um problema na hora do descarte, quando os vasos sanitários com descarga são raros e cabras e outros animais domésticos podem engasgar em preservativos descartados casualmente. Outras razões pelas quais as pessoas não gostam deles incluem crenças sobre a natureza do prazer sexual, o papel do sémen na bruxaria e a importância da fecundidade. Em outras palavras, o que funcionou para homens em São Francisco ou Brentwood não funcionou para homens e mulheres em Harare, Johannesburgo, Gaborone ou Nairóbi.

Há, contudo outras razões pelas quais as estratégias de prevenção de HIV fracassaram na África centradas no consenso politicamente correto que nada especificamente "africano" pode ser criticado. Fale dos aspectos do comportamento sexual africano e correrá o risco de ser rotulado como racista. Pessoas humildes foram ignoradas porque o que disseram parecia endossar a agenda conservadora nos EUA, onde as chamadas "guerras culturais" geraram uma preocupação com o estigma e uma ênfase no direito humano individual -preocupações não apropriadas às condições africanas e que provocaram níveis altos de infecção. Muitos dos que estão levantando fundos para a prevenção no Ocidente também se sentiram obrigados a dar "explicações apropriadas" para a doença. Então, dizem que a epidemia de HIV é causada pela pobreza, disseminada pelas forças militares e é uma ameaça à segurança nacional americana. As evidências para esses argumentos são no mínimo ambíguas.

O HIV/Aids alterou irrevogavelmente a história de parte da África. Epstein nos mostra como a disseminação da doença foi agravada pelas consequências de um conflito cultural a milhares de quilómetros dos locais afligidos. Transportes, urbanização e a mistura cada vez maior das populações pelo globo têm profundas implicações para doenças infecciosas em geral, seja em humanos ou em animais, novas, emergentes ou ressurgentes. Exemplos recentes incluem BSE e língua azul no Reino Unido, a febre do Oeste do Nilo no Leste dos EUA, a doença do legionário, a gripe das aves e a ameaça de uma pandemia de gripe humana. A lição do livro de Epstein é mais relevante nessas épocas: ideologia e correcção política são ruins para a saúde pública.

* Tony Barnett é pesquisador do Esrc na Escola de Economia de Londres

Tradução: Deborah Weinberg

notícias.uol.com.br

3 de agosto de 2008

Sida: epidemia estabilizou e o mundo desinteressou-se

03.08.2008 - 08h17 Exclusivo PÚBLICO/Libération

Mas onde estão os políticos? Quando começa, hoje, a Conferência Mundial sobre a Sida, eles serão os grandes ausentes. Só uma mão-cheia de chefes de Estado decidiu deslocar-se ao México. O mesmo acontece com os ministros da Saúde. Terá mudado a ordem das prioridades mundiais?

"Com a saída de Kofi Annan da ONU, mas também com a saída de Jacques Chirac ou com o afastamento cada vez mais marcado de Nelson Mandela, há um verdadeiro problema de liderança mundial na luta contra a sida", nota Michel Kazatchkine, director do Fundo Mundial de Luta contra a Sida. "Haverá uma passagem de testemunho, mas ainda não se percebe para quem. Já havia sinais deste problema: em 2006, no congresso mundial de Toronto, o primeiro-ministro canadiano não esteve presente."

A conferência do México - onde estarão mais de 20 mil clínicos, investigadores, doentes e associações - será a oportunidade para verificar a realidade dos compromissos e o peso das promessas. Uma espécie de barómetro do estado da mobilização mundial.

A dinâmica lançada vai continuar ou ser ampliada? Ou o mundo vai contentar-se com as promessas de ontem e virar-se para outras urgências planetárias? Há um número que resume os desafios futuros: em 2008, enquanto duas pessoas começam a receber tratamento, há outras cinco que são contaminadas. Em resumo, a corrida para quebrar a cadeia de transmissão permanece urgente. Quanto mais demorarmos, mais a contaminação progride.

Concorrência

Na véspera da abertura desta conferência, há novas inquietações. Último sinal de alerta, seguramente o mais perturbante: a reunião do G8 de Hokkaido (Japão), do início de Julho. Pela primeira vez em anos, a cimeira quase não referiu a sida. Serviços mínimos. Nenhuma nova medida ou financiamento anunciados. Todos os observadores notaram que os temas em debate foram outros. Novas urgências planetárias impuseram-se, como o aquecimento global, mas também a crise alimentar mundial, com os motins da fome.

Como resistir a esta "concorrência"? "O silêncio do G8 foi pesado", diz Eric Fleutelot, responsável das acções internacionais do grupo Ensemble Contra le Sida. "É certo que saíram do G8 270 milhões de euros e em 2005 só tinham saído 250. Mas os 270 não são os 300 que estavam previstos."

Michel Kazatchkine corrige: "A saúde e as doenças infecciosas continuaram a ser importantes no G8. Para o Fundo Mundial, temos compromissos de 38 mil milhões de euros para cinco anos. Em simultâneo, mantém-

-se o objectivo de alcançar o acesso universal ao tratamento em 2010. É verdade que aparecem outras prioridades. O Japão enfrenta dificuldades orçamentais consideráveis. Quanto aos Estados Unidos, mantêm os seus compromissos, mas também estão num período difícil".

Mas Eric Fleutelot insiste nas queixas: "Diga-se o que se disser, os financiamentos futuros não estão garantidos". Multiplicam-se outros sinais preocupantes.

Vacinas

No mês passado, o laboratório farmacêutico suíço Roche decidiu suspender a investigação de novos medicamentos contra a sida "por falta de resultados nos estudos em curso". Os EUA também decidiram pôr fim ao projecto de ensaios clínicos em grande escala para uma vacina anti-sida, na sequência de dúvidas sobre a sua eficácia. Uma decisão tanto mais inquietante quando acontece um ano depois do fim dos ensaios no laboratório americano Merck, que eram tidos como dos mais prometedores. Hoje, a busca de uma vacina parou.

Foram realizados esforços consideráveis no combate à sida: em sete anos, a ajuda aos países em desenvolvimento multiplicou-se por seis. Quem teria imaginado, no congresso mundial de Barcelona, em 2002, quando o Fundo Mundial acabara de ser criado, que seis anos mais tarde perto de três milhões de pacientes estariam a ser tratados?

Acrescenta Michel Kazatchkine: "Podemos considerar que estamos longe de cobrir as necessidades. Em teoria, faltam 25 mil milhões de dólares por ano, numa altura em que nos aproximamos dos 11 mil milhões. Mas é preciso analisar a procura, a capacidade dos países em desenvolvimento de receberem esta ajuda. Antes, a procura era fraca porque estes países não tinham condições para absorver toda a ajuda no tratamento da sida. A mudança é espectacular: no México, vamos anunciar que, pela primeira vez, a procura estará próxima da oferta".

Orçamento

Outro sinal de optimismo: o voto, no mês passado, no Congresso americano, de 50 mil milhões de dólares, para financiar nos próximos anos programas contra a sida. A soma é impressionante. Mas, notam os cépticos, não se trata de um orçamento: o Congresso só deu autorização à Administração para gastar este valor.

Kazatchkine conclui que "há sempre razões para estarmos inquietos". "Mas hoje diria o que vou dizer no México, parabéns! Nunca estivemos tão bem. Há dez anos os tratamentos eram 10 mil dólares. Hoje custam 82 dólares por ano e por paciente."

PÚBLICO.PT

29 de julho de 2008

Número de infectados com Sida estabilizou, mas continua alarmante, diz ONU

O número de infectados com Sida estabilizou em 2007 nos 33 milhões, segundo um relatório da ONU divulgado esta terça-feira. A organização alertou ainda que já existem os meios necessários para enfrentar a doença, mas falta vontade politica para investir nessa prevenção.

A epidemia da Sida estabilizou, mas não diminuiu, segundo os últimos números divulgados pela Onusida, o organismo especializado das Nações Unidas, que dão conta da existência de 33 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo no final de 2007.

Apesar de registar uma redução do número de mortes provocados pelo vírus da Sida, a ONU continua a dizer que o futuro é incerto e que a situação actual é inaceitável, recomendando uma intensificação do trabalho e do investimento para enfrentar a doença.

Num relatório divulgado esta terça-feira, a ONU revela que, entre 2001 e 2007, o número de novos casos passou de três milhões para 2,7 milhões, registando uma redução de dez por cento.

A ONU destacou ainda a redução no número de mortes provocadas pela Sida, que em dois anos passou de 2,2 milhões para dois milhões, e o aumento da prevenção, sobretudo na procura de preservativos por jovens com múltiplos parceiros.

Segundo a Organização das Nações Unidas, a esperança de vida das pessoas infectadas com o vírus também registou uma pequena melhoria, graças a uma maior eficácia das novas terapias.

No entanto, a Sida continua a ser a principal causa de morte em África, onde se encontram 67 por cento das pessoas infectadas em todo o mundo, sendo que em países como Moçambique, China, Indonésia e Rússia o número de infectados continua a aumentar.

No relatório, a Onusida lembrou ainda que o mundo possui agora os meios necessários para evitar que surjam novos casos e para reduzir a mortalidade associada à doença, mas alertou que tem faltado vontade politica para investir o dinheiro necessário nessas medidas.

TSF

Público
de 29.Julho.2008

Se correu alguma situação de risco

Quanto mais cedo for detectada a infecção mais eficaz será o tratamento e mais anos de vida terá.