29 de julho de 2008

Número de infectados com Sida estabilizou, mas continua alarmante, diz ONU

O número de infectados com Sida estabilizou em 2007 nos 33 milhões, segundo um relatório da ONU divulgado esta terça-feira. A organização alertou ainda que já existem os meios necessários para enfrentar a doença, mas falta vontade politica para investir nessa prevenção.

A epidemia da Sida estabilizou, mas não diminuiu, segundo os últimos números divulgados pela Onusida, o organismo especializado das Nações Unidas, que dão conta da existência de 33 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo no final de 2007.

Apesar de registar uma redução do número de mortes provocados pelo vírus da Sida, a ONU continua a dizer que o futuro é incerto e que a situação actual é inaceitável, recomendando uma intensificação do trabalho e do investimento para enfrentar a doença.

Num relatório divulgado esta terça-feira, a ONU revela que, entre 2001 e 2007, o número de novos casos passou de três milhões para 2,7 milhões, registando uma redução de dez por cento.

A ONU destacou ainda a redução no número de mortes provocadas pela Sida, que em dois anos passou de 2,2 milhões para dois milhões, e o aumento da prevenção, sobretudo na procura de preservativos por jovens com múltiplos parceiros.

Segundo a Organização das Nações Unidas, a esperança de vida das pessoas infectadas com o vírus também registou uma pequena melhoria, graças a uma maior eficácia das novas terapias.

No entanto, a Sida continua a ser a principal causa de morte em África, onde se encontram 67 por cento das pessoas infectadas em todo o mundo, sendo que em países como Moçambique, China, Indonésia e Rússia o número de infectados continua a aumentar.

No relatório, a Onusida lembrou ainda que o mundo possui agora os meios necessários para evitar que surjam novos casos e para reduzir a mortalidade associada à doença, mas alertou que tem faltado vontade politica para investir o dinheiro necessário nessas medidas.

TSF

Público
de 29.Julho.2008

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Se correu alguma situação de risco

Quanto mais cedo for detectada a infecção mais eficaz será o tratamento e mais anos de vida terá.