23 de novembro de 2009

Assim como o presidente da África do Sul, Guebuza deveria vir a público fazer o teste de HIV para servir de exemplo, sugerem activistas

A informação de que o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e os ministros do seu Governo virão a público se submeterem ao teste de HIV no 1º de Dezembro, Dia Mundial de Combate ao Sida, foi elogiada por activistas moçambicanos, que sugeriram a mesma atitude do Presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza.

“Esta medida tomada pelo Governo sul-africano é um bom exemplo que devia ser seguido pelo nosso Governo”, disse o Coordenador Nacional do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique, César Mufanequiço.

Para ele, a Sida é vista pela população como uma doença de pobres, mas se o presidente vier a público fazer o teste, essa percepção, por parte da população, será desmitificada.

“As participações políticas não deviam ser apenas nos discursos, mas também em acções concretas como esta”, comentou Mufanequiço.

Joshua Mulondo, da Rede Moçambicana de Organizações contra a SIDA, a MONASO, acredita que o país está a precisar de uma atitude encorajadora como a de Zuma.

“Quem sabe a partir disso as pessoas mudam de comportamento. É necessário que os nossos governantes tomem posição semelhante”, disse.

O representante da Rede Cristã de Moçambique, Octávio Mabunda, defendeu a ideia de Guebuza vir a público fazer o teste de HIV, mas ressaltou que “isso sirva para sensibilizar a sociedade e não apenas para adquirir popularidade.”

O assunto ganhou notoriedade internacional no dia 15 do corrente mês com a publicação de uma reportagem do jornal canadiano Globe and Mail.

De acordo com o texto do jornalista Geoffrey York, que ressalta que o assunto já é destaque na comunicação social sul-africana, a ambiciosa campanha vai envolver médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que indicarão o teste a todos os pacientes, e as celebridades exortarão a importância da testagem.

“Esta será uma campanha de mobilização massiva”, disse Zuma ao jornal. “Todos os sul-africanos precisam saber o seu estado de seropositividade e ser informados sobre as opções que têm de tratamento”, acrescentou.

As relações históricas entre Moçambique e África do Sul que vão desde o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) contra o apartheid no país vizinho, passando pelo casamento de Graça Machel com Nelson Mandela, pode agora ter um capítulo importante na luta contra o estigma, caso os presidentes dos dois países venham, realmente, a fazer o teste em público.

Para o Dia Mundial de Combate ao Sida deste ano, Moçambique prepara-se justamente para focar na importância do teste de HIV.

No 1º de Dezembro de 2007, quando o assunto foi o mesmo, Guebuza esteve na Cerimónia Central, onde estavam presente várias unidades de aconselhamento e testagem, mas não fez o teste.

Será desta vez?

Os activistas pela luta contra o HIV e Sida em Moçambique pedem que sim.

Antónia Chagua/Agência de Notícias de Resposta ao Sida – 18.11.2009
Fonte: CRIASnotícias

Um comentário:

Anônimo disse...

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