13 de junho de 2009

Moçambique: Governo lança programa de emergência para sida

O Governo moçambicano vai lançar em Julho um novo plano de emergência de combate ao HIV/Sida para a zona sul de Moçambique, onde as previsões apontam para uma tendência crescente, muito superior à média nacional.

O novo plano de emergência de combate ao HIV/Sida, doença que atinge 16 por cento da população de Moçambique com idades entre os 15 e 49 anos, visa apurar as causas dos elevados índices de contaminação nessa região moçambicana, a mais atingida no país, com 21 por cento.

A informação foi dada a conhecer quinta-feira aos jornalistas pela primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, também presidente do Conselho Nacional de Combate ao Sida de Moçambique.

Luísa Diogo, que descreveu a situação como “alarmante”, indicou que os dados governamentais apontam para uma evolução de infecção nos próximos tempos na zona sul, daí a necessidade de se estabelecer um novo plano para «provocar uma mudança de comportamento de forma imediata na população», sobretudo a jovem.

As projecções do Governo moçambicano dão conta de que, a curto prazo, a cidade de Maputo, cuja taxa de infecção está estimada em 23 por cento, deverá chegar aos 29 por cento, enquanto a província de Maputo, com 26 por cento, poderá subir até 34 por cento.

A capital moçambicana regista diariamente 500 novas infecções.

A província de Gaza, também no sul de Moçambique, tem uma taxa de infecção por HIV de 27 por cento, percentagem que, segundo cálculos das autoridades sanitárias moçambicanas, deverá chegar aos 35 por cento.

Na região sul do país, apenas a província de Inhambane regista casos de infecção considerados «controláveis», mas tem uma taxa de 27 por cento. A curto-prazo, deverá atingir 35 por cento.

A propósito, Luísa Diogo afirmou que a actual situação, que «está assim por razões anómalas e situações exógenas à população moçambicana», força à adopção de uma nova forma de luta contra a doença que mata, anualmente, 16 mil funcionários públicos em Moçambique.

Dos actuais 160 mil trabalhadores afectos ao aparelho de Estado moçambicano, 25 por cento estão infectados pelo vírus da sida e destes 9.600 recebem tratamento com medicamentos anti-retrovirais, disse Luísa Diogo.

Moçambique, com 20,3 milhões de habitantes, é um dos países mais afectados pela sida no mundo.

Diário Digital

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Se correu alguma situação de risco

Quanto mais cedo for detectada a infecção mais eficaz será o tratamento e mais anos de vida terá.