“É difícil de dizer, mas talvez seja um esforço de quatro ou cinco anos” declarou hoje à AFP Françoise Barré-Sinoussim, à margem de uma conferência de imprensa em Estocolmo onde na próxima semana vai receber o prémio.
Françoise Barré-Sinoussi e mais dois investigadores, foram distinguidos este ano com o Nobel da Medicina. O francês Luc Montagnier, juntamente com Sinoussi, foi distinguido pela descoberta do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), em 1983. O alemão Harald zur Hausen também foi laureado, mas pela descoberta do vírus do papiloma, que causa o cancro do colo do útero.
Os jornalistas questionaram imediatamente se aquele não seria um prazo demasiado curto. Mas a francesa respondeu que “há dez anos que estamos a trabalhar nisto”, sublinhando que é mais fácil desenvolver uma vacina terapêutica do que uma vacina preventiva (que impeça as pessoas de contraírem o VIH).
“É uma doença muito complexa (...) estamos todos os dias no meio de uma procura para explicar a causa do enfraquecimento do sistema imunitário e estamos constantemente a investigar a natureza dos reservatórios do vírus”, respondeu a cientista.
Françoise Barré-Sinoussi sublinhou ainda que é impossível dar um prazo para a descoberta de uma vacina que previna a sida. “Não sabemos, resta-nos aceitar esta realidade e continuar a trabalhar”, disse.
A investigadora explicou que hoje em dia os seropositivos têm que tomar medicamentos para o resto da vida. O vírus fica “adormecido” em reservatórios que nunca desaparecem e pode voltar a multiplicar-se, e a única forma de controlar é através dos antirretrovirais.
“É uma doença sexual. O vírus afecta as mucosas [os tecidos que estão em contacto com o exterior do tubo digestivo e do aparelho sexual, por exemplo], por isso, para desenvolver uma vacina, devemos aprender e compreender melhor a resposta imunitária e o mecanismo de protecção das mucosas” adiantou a cientista.
Para a investigadora “existem diversas formas de reduzir a contaminação”. Parte importante do combate à sida passa pela educação, informação e prevenção de outras doenças, principalmente nos países em desenvolvimento. Até à data, a sida já matou 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
Os três laureados vão receber o prémio na próxima quarta-feira, pela mão do rei da Suécia, numa cerimónia em Estocolmo. Para além da medalha, vão receber um diploma, e um cheque no valor de dez milhões de coroas suecas (930 mil euros), que vai ser divido: metade para o cientista alemão e a outra metade para os investigadores franceses.
Fonte: Público.Pt
Um comentário:
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