BOAS MEDIDAS
01.12.2008 - 19h00 Lusa

A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou hoje que os testes de sida (HIV1 e HIV2) vão passar a ser gratuitos para todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em Portugal realizam-se já cerca de um milhão de testes por ano mas, de acordo com um relatório da ONU divulgado hoje, estamos entre os quatro países europeus onde a taxa de novas infecções por HIV quase duplicou entre 2000 e 2007.
A responsável informou, ainda, que a capacidade
de diagnóstico precoce do vírus, particularmente
Os portadores da doença terão cheques-dentista
e acesso aos bancos de leite dos hospitais públicos
junto dos grupos mais vulneráveis, será reforçada. Para tal, revelou a ministra, vão ser disponibilizadas cinco unidades móveis - uma por cada administração regional de saúde -, que pretendem assegurar um acesso universal ao diagnóstico da infecção, além de proporcionarem informação e aconselhamento.
Os portadores da doença terão cheques-dentista
e acesso aos bancos de leite dos hospitais públicos
junto dos grupos mais vulneráveis, será reforçada. Para tal, revelou a ministra, vão ser disponibilizadas cinco unidades móveis - uma por cada administração regional de saúde -, que pretendem assegurar um acesso universal ao diagnóstico da infecção, além de proporcionarem informação e aconselhamento.
Ana Jorge fez estas revelações no Dia Mundial da Sida, durante uma sessão promovida pela Associação de Jovens Promotores da Amadora Saudável, que desenvolve há 10 anos o projecto "Viver com o VIH", actualmente financiado pelo programa ADIS/SIDA, do Ministério da Saúde.
Na sua intervenção, a ministra anunciou igualmente que os cheques-dentista do SNS, no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, vão alargar-se aos doentes infectados pelo HIV. Outra medida revelada por Ana Jorge prende-se com o lançamento de centros de terapêutica combinada, abrangendo os diferentes programas para infectados com o vírus que, em simultâneo, são utilizadores de drogas em substituição opiácea.
O Ministério da Saúde perspectiva, por outro lado, que os bancos de leite a criar nos hospitais públicos assegurem o leite de forma gratuita às mães portadoras da infecção pelo HIV. "O fornecimento contínuo da fórmula láctea deverá ser também assegurado gratuitamente, no mínimo por 12 meses, pelas farmácias hospitalares, através de prescrição médica", acrescentou Ana Jorge.
O pacote revelado pela titular da pasta da Saúde inclui a abertura de um concurso específico para projectos de investigação em infecção HIV/Sida, com um orçamento de um milhão de euros. Desde 1983, a infecção atingiu já mais de 33 mil portugueses.
Portugal entre os países com mais novas infecções
As medidas surgem numa altura em que Portugal está entre os quatro países europeus onde a taxa de novas infecções por HIV quase duplicou entre 2000 e 2007, segundo um relatório da UE e da ONU hoje divulgado. A taxa de infecção por HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) em 49 países europeus quase duplicou entre 2000 e 2007, atingindo o nível mais elevado jamais registado na Europa, adianta o relatório conjunto do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), da ONU.
A taxa anual de casos novos diagnosticados de infecção por HIV aumentou de 39 para 75 por um milhão de pessoas, de 2000 para 2007, de acordo com o relatório divulgado pelas agências da UE e da ONU no âmbito do Dia Mundial de Luta contra a Sida. Em 2007, foram registados 48.892 novos casos diagnosticados de infecção por HIV em 49 países da Europa. A Áustria, Itália, o Mónaco e a Rússia foram excluídos do estudo devido à falta de dados.
O relatório divulgado conjuntamente pelo centro europeu e pela OMS indica que Portugal, a Estónia, a Ucrânia e a República da Moldova possuem as taxas mais elevadas de novas transmissões de infecções por HIV. O estudo revela ainda que a infecção entre toxicodependentes é a principal causa de transmissão na Europa de Leste. Outros países com elevadas taxas de infecção são a Letónia, o Cazaquistão, Uzbequistão, Reino Unido, Bielorrússia e Suíça.
Na Europa Central e Ocidental, o contacto sexual entre heterossexuais é a principal causa de infecção, apesar de as transmissões entre homossexuais também estarem a aumentar. Cerca de 40 por cento dos casos onde o vírus foi transmitido por via heterossexual foram registados em pessoas originárias de países com epidemias generalizadas, segundo o relatório.
Fonte: Público
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