As estratégias de prevenção da sida e os cuidados com as pessoas infectadas pelo vírus HIV têm de melhorar em Portugal, segundo um relatório ontem, terça-feira, divulgado em Bruxelas pela organização não-governamental Health Consumer Powerhouse (HCP).
O Euro HIV Índex (EHIVI) coloca Portugal em 22.º lugar, num total de 29 países, sendo um dos países com maior incidência de doentes infectados com o vírus. Segundo o relatório, Portugal tem um total de 658 pontos em mil, sendo o ranking liderado pelo Luxemburgo (857 pontos), seguido de Malta (791) e Suíça (775). No final da tabela, em 29.º lugar, estão Roménia (548 pontos), Grécia (597) e Itália (614).
O Euro HIV Índex (EHIVI) está dividido em quatro secções, num total de 28 indicadores, que vão da discriminação dos portadores do vírus à carga viral detectada nos doentes. "Portugal tem que melhorar e coordenar esforços contra o HIV", diz a responsável pelo EHIVI, Beatriz Cebolla, salientando que a taxa de infecção entre os toxicodependentes "é ainda muito alta", apesar de haver bons programas de apoio a este grupo. Segundo o relatório, há "demasiados doentes que começam o tratamento muito tarde".
Um dos itens em que Portugal tem boa cotação é no acesso aos cuidados de saúde pelos imigrantes, bem como no funcionamento de organizações de apoio a doentes com HIV/sida. A despistagem do vírus nas grávidas e os programas de prevenção da propagação nas prisões são outros indicadores em que surge com nota de "bom". A criminalização da propagação da doença e a disponibilização rápida de testes merecem nota "intermédia".
Fonte: Jornal de Notícias on-line
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