26 de setembro de 2008

A SIDA no Mundo - sida , hiv

Segundo a UNAIDS («Joint United Nations Programme on HIV/AIDS»), estima-se que no final de 2005 cerca de 40.3 milhões de pessoas viviam com a infecção pelo VIH. Destes, 17.5 milhões são mulheres e 2.3 milhões são crianças com idade inferior a 15 anos.

Cerca de 4.9 milhões adquiriram a infecção durante o ano de 2005, tendo morrido 3.1 milhões de pessoas devido a esta infecção durante o mesmo ano.

Durante o ano de 2005 ocorreram cerca de 14 000 novas infecções por dia. Mais de 95% ocorreram em países em desenvolvimento. Quase 2000 ocorreram em crianças com menos de 15 anos. Cerca de 12 000 ocorreram em pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, das quais cerca de 50% entre os 15 e os 24 anos e quase 50% em mulheres.

O número de pessoas com infecção VIH tem vindo a aumentar ao longo dos anos em todo o Mundo. Nos anos de 2003 e 2004 assistiu-se a um aumento da incidência da infecção mais acentuado na Ásia Oriental (aumento de cerca de 50%, atribuído largamente ao crescimento da epidemia na China) e na Europa de Leste e Ásia Central (aumento de 40%, para o qual contribuíram maioritariamente o número de casos na Ucrânia e na Federação Russa). A única região do Mundo onde não se verificou aumento da prevalência da infecção em 2005, comparativamente a 2003, é as Caraíbas.

A África sub-Sahariana permanece a região do Mundo mais atingida com 25.8 milhões de pessoas infectadas no final de 2005, cerca de mais um milhão comparativamente a 2003. Cerca de dois terços dos infectados com VIH vivem na África sub-Sahariana, assim como 77% das mulheres infectadas.

A epidemia na África sub-Sahariana parece estar a estabilizar, com uma taxa de prevalência de cerca de 7.2% em toda a região. No entanto, dada a grande heterogeneidade das várias regiões da África sub-Sahariana, existem locais onde a prevalência está a diminuir e outros onde aumenta assustadoramente. Por outro lado, a estabilidade da prevalência da infecção significa que o número de pessoas que adquirem a infecção de novo é semelhante ao número de pessoas que morrem como resultado da infecção. Estima-se que, durante os anos de 2005, tenham morrido 2.4 milhões de pessoas com infecção pelo VIH nesta região, enquanto cerca de 3.2 milhões contraíram a infecção durante o mesmo ano.

Na Europa Ocidental e Central e na América do Norte a maioria das infecções VIH foram adquiridas por via homossexual ou pelo uso de drogas injectáveis. No entanto, nos últimos anos uma proporção cada vez maior das infecções é adquirida através de contacto heterossexual sem utilização de preservativo. Nos 12 países da Europa Ocidental com dados sobre infecções VIH diagnosticadas de novo, o diagnóstico de infecções adquiridas por via heterossexual aumentou em 122% entre 1997 e 2002. Uma grande percentagem destes novos diagnósticos é efectuada em pessoas oriundas de países com grande incidência da infecção, principalmente países da África sub-Sahariana. O diagnóstico de novas infecções em homossexuais do sexo masculino aumentou em 22% na Europa Ocidental entre 2001 e 2002.

Desde 2002, o número global anual de novas infecções em homossexuais do sexo masculino na Europa Ocidental diminuiu ligeiramente (de 5453 em 2002 para 5075 em 2004). No entanto, na Bélgica, Dinamarca, Portugal e Suiça houve um ligeiro, e na Alemanha um significativo, aumento.

Embora o uso de drogas injectáveis seja responsável por um número decrescente de novas infecções na maioria dos países da Europa Ocidental, permanece um factor epidemiológico importante em países como Itália, Portugal e Espanha e em algumas cidades de outros países. No entanto, em Portugal o número de novas infecções em toxicodependentes diminuiu de 2400 em 2000 para 1000 em 2004. C erca de 50% dos casos diagnosticados em 2002 em Portugal foi em toxicodependentes, enquanto em mais de 40% o comportamento de risco foi heterossexual.

Continua a verificar-se um aumento da proporção de mulheres infectadas. Em 2005, 17.5 milhões de mulheres vivem com esta infecção – um milhão mais do que em 2003. Treze milhões e meio destas mulheres vivem na África sub-Sahariana. O crescente impacto da epidemia nas mulheres também é aparente no Sul e Sudeste asiático (onde existem quase dois milhões de mulheres infectadas), assim como na Europa de Leste e na Ásia Central. A maioria das mulheres no Mundo é infectada devido ao comportamento de risco do seu parceiro sexual sobre o qual têm pouco ou nenhum controlo

Roche

Nenhum comentário:

Se correu alguma situação de risco

Quanto mais cedo for detectada a infecção mais eficaz será o tratamento e mais anos de vida terá.