6 de março de 2008

A SIDA e as Suas Metáforas

"As pestes são invariavelmente olhadas como uma sentença que recai sobre uma sociedade e a inflação metafórica da sida no sentido de tal doença, contribui para habituar as pessoas à inevitabilidade do alastramento global"

A Obscena - revista de artes performativas (revista portuguesa com uma qualidade irrepreensível a todos os níveis) no seu nº 8 Dezembro 2007/Janeiro 2008 pega na frase que a norte-americana Susan Sontag escreveu em 1998 (publicado em Portugal pelas Edições Quetzal, 1998) em A Sida e as Sua Metáforas, e apresenta-nos um "um dossier sobre as relações entre as artes performativas e o vírus HIV em Portugal e, em jeito de contextualização e modelo, quase sempre, na Europa. Amostra, conscientemente não exaustiva, que procura entender se efectivamente, e como escreveu a ensaísta, “a epidemia da sida constitui uma projecção ideal para as paranóias políticas do Primeiro Mundo”.
Começamos pelo Portugal democrático, apressado na afirmação do fim dos tabus e na liberdade discursiva, para tentar perceber se há escola, se há corrente ou ausência. E se sim, ou porque não, porquê? Abrimos depois para a dança de Dominique Bagouet, Raimund Hoghe e Bill T. Jones, e para o teatro de Arianne Mnouchkine, Krzystof Warlikowsky e Reza Abdoh, alguns vítimas do vírus, entretanto desaparecidos, outros resistentes, outros solidários.
Olhares cruzados sobre uma epidemia que definiu as relações humanas de há mais de duas décadas para cá, num ano que fecha marcado pela discriminação de um cozinheiro seropositivo e pelos alarmantes números que nos dão o quarto lugar, nos países da OCDE, de casos diários de infecção."


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ou Revista Obscena Nº 8

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Se correu alguma situação de risco

Quanto mais cedo for detectada a infecção mais eficaz será o tratamento e mais anos de vida terá.